O ensino de música obrigatório traz de volta um certo sabor dos tempos de Villa Lobos e do Canto Orfeônico. Será esta uma Lei que “vai pegar”? Considerando, de um lado, a incrível escassez de professores formados no país (veja páginas 4 e 5) e de outro a obrigatoriedade da formação pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases), fica estabelecido mais um destes impasses de equação impossível.
Independentemente da obrigação legal, no entanto, consideramos que esta é uma bem-vinda oportunidade para o estímulo ao ensino de música que tantos benefícios pode trazer ao indivíduo. Num país musical como o Brasil poderia parecer uma tarefa simples – mas não é.
Produzir materiais didáticos adequados a uma realidade cultural complexa como a nossa, considerando – ainda – que este ensino será majoritariamente oferecido por professores generalistas é só, mesmo, para quem tem samba no pé e muita ginga de cintura. Ou será o primeiro passo de uma longa caminhada?
Evelyn Berg Ioschpe
Presidente do Instituto Arte na Escola
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Editorial
Publicado emLeia o editorial escrito pela presidente do Instituto Arte na Escola: Evelyn Ioschpe.