Forum
Sinara Maria Boone

Olá!

Dentre os desafios do Ensino da Arte na Escola, nos deparamos, em muitas vezes, com alunos “inclusos” e portadores de necessidades especiais.

Dificuldades físicas, de visão, audição, transtornos de atenção entre outras nos desafiam a buscar caminhos nunca antes percorridos para ensinar Arte respeitando as limitações individuais.

O primeiro passo é a sensibilização, depois recorrermos aos livros, cursos, leis, estudamos possibilidades de auxiliar esses alunos a aprender arte... Por isso, proponho algumas questões para iniciarmos essa conversa:

Você tem alunos inclusos na sua sala de aula?

Que materiais, livros, revistas, sites tem lhe auxiliado nessa “missão?

Como a sua formação lhe preparou para lidar com essas situações?

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04 de setembro:

Olá!

Esse Fórum chega ao fim...cumprindo seu objetivo na viabilização de mais um espaço para ampliarmos as nossas reflexôes e conhecimentos em relação ao tema da Educação Inclusiva, bem como desse assunto no contexto da Arte educação. 

As discussões nesse espaço foram muito importantes e gradecemos a Todos os que passaram por aqui e deixaram a sua contribuição.

Fica o desejo de que todos possamos melhorar a cada dia, superando limitações individuais e aceitando as diferenças.

Um abraço,

Sinara.

confiram o vídeo: As cores da flores. http://www.youtube.com/watch?v=s6NNOeiQpPM   

 

Mirca Izabel Bonano

 

Caro(a)s Professor(a)es,

  

Bem-vindos ao Fórum Arte na Escola do mês de agosto.

 

Nosso tema do mês foi proposto pela coordenadora do Polo Arte na Escola da Universidade de Caxias do Sul-UCS, a professora Sinara Maria Boone. Graduada e Licenciada em Educação Artística, pós-graduada em Ensino da Arte e Mestre em Letras e Cultura Regional, atualmente é professora da Universidade de Caxias do Sul, atuando no Ensino das Artes Visuais, Teatro e Cultura para os níveis Médio e Superior. 

 

Percebemos que nos últimos anos, em especial da última década, o tema da inclusão surge como proposta de discussão. Além dos muitos desafios do ensino da arte na educação básica, nos deparamos, ainda, com as questões de como trabalhar com os portadores de necessidades especiais.

Para mediar este encontro, convidamos a coordenadora da área Educativa e da área de Acessibilidade do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Daina Leyton. Desde 2000 ela na coordenação e gestão de projetos sociais e possui vasta experiência em educação, promoção de saúde, cultura e geração de renda para pessoas socialmente excluídas. 

Com seu amplo trabalho em constituição de redes e conexões de diferentes linguagens, foi coordenadora do “Projeto Irradiando”, “Projeto Diversidade”, diretora e é sócia-fudadora da ONG “Vida em Ação”, além de idealizadora e realizadora dos eventos “I Semana Sinais na Arte”, “Jornada Sensorial”, “I Encontro Regional de Acessibilidade em Museus” da “Copa da Inclusão” e do “Movimento Luzcidade”.

 Até o dia 4 de setembro, você pode argumentar, questionar, responder, dar sua opinião, pedir e oferecer ajuda. Seu texto é publicado imediatamente no fórum e você pode responder diretamente a um participante ou dirigir-se a todo o grupo.

Desejamos que este seja um momento produtivo para todos os professores.

Abraço,

 

Mirca Bonano

 

Rosane Gayeski Rosa
Olá! não tenho alunos de inclusão em minhas turmas, mas estou terminando a pós graduação em Neuropsicopedagogia e Educação Especial Inclusiva. Estou escrevendo meu artigo de conclusão sobre a experiencia estética do cego e a relação do cego com o desenho. Gostaria de relatos de experiências de pessoas que já trabalharam com alunos cegos para enriquecer meu trabalho. Alguém pode me ajudar?
Eliane de Fátima Vieira Tinoco

Mirca,

Esse é um fórum relâmpago ou ele vai até 04 de setembro?

Esse assunto é extremamente importante! Gostaria muito de saber o que os professores têm feito para incluir os alunos com necessidades especiais para poder compartilhar com os professores dos grupos de estudos. O que temos visto é uma 'inclusão' onde os alunos são colocados nas salas de aula mas os professores não são preparados para assumi-los. Ou seja, a inclusão é somente física, o que é muito triste...

Carmen Capra
Rosane Gayeski Rosa escreveu:
Olá! não tenho alunos de inclusão em minhas turmas, mas estou terminando a pós graduação em Neuropsicopedagogia e Educação Especial Inclusiva. Estou escrevendo meu artigo de conclusão sobre a experiencia estética do cego e a relação do cego com o desenho. Gostaria de relatos de experiências de pessoas que já trabalharam com alunos cegos para enriquecer meu trabalho. Alguém pode me ajudar?
Oi Rosane. Lembrei do fotógrafo cego, francês, Evgen Bavcar.
:)
Barbara Cristina Prestes De Oliveira

Os desafios da Inclusão são muitos em todas as áreas. E inclusão é muito mais do que se fala atualmente. Inclusão perpassa o universo particular de cada um. Precisamos perder o medo do que não conhecemos e pararmos de dizer que não estamos preparados. Quando estaremos?!

Li uma matéria a aproximadamente dez anos atrás que uma brasileira que não se achava preparada para trabalhar com "deficiente" mudou de ideia ao ver no Canadá uma aluna indo de maca para a Universidade.

Entretanto, trabalharcom deficiências não é uma coisa tão simples. Uma amiga que está fazendo especialização ouviu de uma professora que existem mais de 200 síndromes e algumas delas são muito difíceis de diagnosticar, aparecendo somente na fase adulta do indivíduo.

Quando se trata de uma deficiência física, adaptamos os ambientes, mas temos a comunicação, que nem sempre conseguimos quando se trata de uma deficiência mental, por exemplo. Cada deficiência é uma e as vezes elas trazem outras dificuldades físicas. (por exemplo as escaras que são feridas que surgem em lugares que a pessoa não movimenta por causa da deficiência)

Meu marido usa cadeira de rodas a 20 anos, estamos juntos a 15. Esse assunto sempre me interessou muito, pois diariamente convivemos com olhares e situações diferentes. No início da nossa relação cometia muitas gafes, por exemplo, colocava os objetos de seu uso pessoal fora de seu alcance.

Portadores de necessidades especiais todos somos, e precisamos arriscar, estudar, planejar. Trabalhar com as diferenças, nos fazem mudar constantemente os pontos de vistas e termos uma vida mais plena. 

Mirca Izabel Bonano
Eliane de Fátima escreveu:

Mirca,

Esse é um fórum relâmpago ou ele vai até 04 de setembro?

Esse assunto é extremamente importante! Gostaria muito de saber o que os professores têm feito para incluir os alunos com necessidades especiais para poder compartilhar com os professores dos grupos de estudos. O que temos visto é uma 'inclusão' onde os alunos são colocados nas salas de aula mas os professores não são preparados para assumi-los. Ou seja, a inclusão é somente física, o que é muito triste...



Olá, Querida...

Já esta corrigido...é 04 de setembro de 2011!!!!

bjk

Marilda Mena Barreto
OI, EU SOU A MARI, PROFESSORA DE ARTES EM MONTENEGRO-RS. ACHEI PERTINENTE O TEMA DO FÓRUM DESSE MÊS, E GOSTARIA DE COMENTAR UMA DIFICULDADE QUE ENFRENTEI COM UMA ALUNA DE INCLUSÃO. DOU AULA PARA A 7ª SÉRIE ONDE ESSA ALUNA ESTÁ INSERIDA E SINTO QUE ESTOU TATEANDO NO ESCURO, POIS APESAR DE JÁ TER PERGUNTADO AS LIMITAÇÕES DA ALUNA NÃO OBTIVE NENHUMA RESPOSTA QUE ME AJUDASSE PARA FAZER MEU PLANO DE TRABALHO PARA ESSA ALUNA. PORTANTO ACHO FUNDAMENTAL QUE O PROFESSOR TENHA INFORMAÇÕES PRECISAS SOBRE O ALUNO INCLUSO. É TERRIVELMENTE PENOSO PARA O PROFESSOR E PARA O ALUNO TB PASSAR A AULA TODA MATANDO O TEMPO OU FAZENDO COISAS Q O ALUNO NÃO SE SINTA DESAFIADO. MAS TB É PENOSO PEDIR AO ALUNO Q REALIZE UMA ATIVIDADE Q ELE NÃO TERÁ CONDIÇÕES POR ESTAR ALÉM DE SUA CAPACIDADE NAQUELE MOMENTO. DE ONDE PARTIR? COMO ABORDAR O TEMA COM ESSE ALUNO?
Pedro Pieroni

boa tarde a todos! 

sou um curioso no assunto, por isso mais observo, e pergunto. por favor, professores, pra eu começar, poderiam indicar livros sobre o tema?

no mais, continuo acompnhando.

de qqr modo, obrigado.

pedro

Flávia
Boa tarde pessoal,
Sou educadora musical e, pensando na minha área, um dos maiores desafios é a inclusão de alunos(as) surdos(as).
É fato que a música é, como fenômeno físico, vibração. E a vibração pode ser sentida não apenas por meio do aparelho auditivo. Portanto podem existir estratégias em sala de aula que trabalhem a música reforçando essa concepção.

Gostaria de ouvir opiniões, sugestões e relatos a respeito!

Pedro, também sou leiga, mas sobre Educação Musical e Inclusão, encontrei uma breve introdução sobre o tema:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-65382006000300011&script=sci_arttext

Abraços,

Flávia
Verônica Soares Dos Santos
Discutir sobre inclusão já é desafiador e sobre arte nesse contexto muito mais. No entanto o que seria da humanidade se não fora os desafios e o desejo de superá-los?Acredito que umas das formas é esta falar sobre o assunto.
Sinara Maria Boone
Então... sabemos que são muuitas as nossas dúvidas em relação ao tema, que é delicado, que somos nós quem nos sentimos excluídos muitas vezes das possibilidades de oferecermos condições de aprendizagem aos nossos alunos inclusos...  e também penso que o primeiro passo acontece quando decidimos sair do lugar comum e partir para a pesquisa. O Estudo. A investigação.
 
Concordo com a Barbara. Ontem mesmo eu discutia na Licenciatura com minhas alunas e alunos a necessidade dessa predisposição e interesse em pesquisarmos, estudarmos as necessidades dos nossos alunos, independente das suas limitações, pois a realidade, é que todos nós temos as nossas, não é? Não podemos nos especializar em todas as pessoas, nem em todas as limitações, mas conhecer as que nos "aparecem" já é um começo e penso que ajuda a amenizar a situação, ou facilitar a aceitação...
 
Acho importante como ponto de partida o estudo das publicações sobre inclusão, disponíveis no portal do Mec:  http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12814&Itemid=872
 junto ao item - Secretaria de Educação Especial.
 
E também vale a pena dar uma olhada  no vídeo:  http://www.youtube.com/watch?v=w8EDNWyJKg0 
que apresenta o programa:  Por Dentro da Escola - Educação Especial Inclusão, com  uma experiência interessante na Perspectiva da Inclusão dentro das escolas públicas do Paraná.
TV Paulo Freire.
 
É... há muuito o que conversar...
ps. não consegui publicar os links  de outro jeito...para dar certo, clique na segunda "frase" do link
Carmen Capra
Vamos lá... Nos 13 anos em que leciono Arte tive alunos (me ajudem com os termos): hiperativos, depressivos, com síndrome de pânico, um surdo, uma com baixíssima visão, um cadeirante com pouca defasagem mental e outro com deficiência motora (braço e perna) e mental. Alguns eram crianças, outros adolescentes e uma graduanda.

O que aprendi é que informação técnica é útil, mas os nomes e dados teóricos nem sempre ajudam no dia a dia. O que funciona é primeiramente aceitar que aquela pessoa esteja ali, na sala de aula. Aliás, é um direito que ela tem de conviver com todos e acaba oportunizando que os "normais" convivam com quem tem alguma limitação.  A aceitação tem que existir na escola, todos devem realmente acolher, mais que inserir. É o que, penso eu, vai ajudar no restante.

Seguindo, é preciso conviver, observar o que é ou não possível naquele momento para aquela pessoa. Como age na turma? E a turma em relação a ela? Como age com os trabalhos, com os materiais, com os momentos da aula? Demonstra como se sente?  Trocar ideias sobre isso com os demais professores é ótimo! Para quem tem 1 ou 2 aulas (de Arte) por semana é aconselhável não ter pressa.

O tempo vai passando e a gente vai entendendo de que ponto se está saindo - no caso de aprendizagem em arte mas também de aprendizagem de mundo - e para onde se pode ir (é desejável pensar assim em relação a todos os alunos...) É função nossa identificar que materiais lhes são mais adequados, que linguagens lhes beneficiam e que tarefas lhes serão importantes em suas vidas. Ah, lembrei de algo importante: às vezes é necessário pensar em atividades ou mesmo planejamentos diferentes para uma mesma turma a fim de contemplar a necessidade de todos.

Até mais!


Pamela Aparecida Savala

Sou acadêmica do curso de artes da UFMS, ainda não passei pela sensação de ter uma sala de aula na qual tivesse um aluno com tais necessidades, entretanto nessas ferias de julho de 2011, tive o prazer de colaborar em um programa voltado ao ensino de arte com população carente do meu bairro, percebi que algumas crianças tem dificuldades de expressar seus sentimentos em forma de arte, com uma densa opressão sentimental a faixa etária das crianças eram de 10 anos, havia um cadeirante que não queria pintar, nem desenhar só queria olhar o que os outros faziam, então no dia seguinte comecei a condução da imaginação das crianças contando uma história, depois fiz com que ele me descrevessem o que tinham entendido da mesma, após esse "papo", começamos o trabalho artístico o menino especial não quis falar com os demais sobre a historia, entretanto ele conseguiu desenhar com detalhes a história.
            isso me fez perceber que futuramente vou ter vários desafios em sala de aula com diferentes alunos, mas terei um apoio desse fórum que sempre vem me auxiliando nessa jornada e amei o tema proposto.

Daina Leyton
Olá, Em primeiro lugar gostaria de agradecer o convite para essa discussão tão importante. Muitos avanços por um lado, e por outro ainda há falta de preparo e orientação. Eu concordo que o campo das deficiências e das "necessidades especiais" é extremamente abrangente, mas existem muitas iniciativas, projetos e ações que podem inspirar, orientar e auxiliar. Acredito que trabalhar com a diversidade significa estar "preparado para se despreparar". Aprender a descrever uma imagem para alguém que não enxerga. Investigar novas formas possíveis de comunicação. Perguntar para a pessoa (aluno) como ele quer ser ajudado... Isso porque cada um é um: assim como nós, todos têm suas habilidades, dificuldades e preferências. Dessa forma, existe sim muita informação rica a ser compartilhada, mas é essencial entender que o que sempre estará em foco é a dimensão humana. Para começar, compartilho um filme realizado em um dos projetos do MAM-SP, sobre o tema da educação e a surdez. O filme foi desenvolvido pelo Corposinalizante: um grupo de pesquisa e criação artística que une jovens surdos e ouvintes. Considerando a dimensão pública da arte, o grupo desenvolve projetos culturais, documentários, performances e intervenções poéticas que dão visibilidade à identidade surda e à sua cultura. Segue o link : http://www.youtube.com/watch?v=SE9zdOmHSbQ
Ana Laura Da Silva
Olá meu nome é Ana Laura da Silva, sou professora de Artes nas redes publicas em São Paulo, atualmente readaptada e trabalho em Informatica Educativa, tentando promover a inclusão digital, autonomia dos alunos portadores de necessidades especiais e desenvolvimento no trabalho com diferentes linguagens de mídia  relacionadas com pesquisa, comunicação e publicação, estimulando os educandos no processo de alfabetização em uma escola de ensino fundamental I, na zona leste de São Paulo.É fundamental  a inserção de todos no processo educacional , visando inclusive o atendimento aos educandos com necessidades especiais, priorizando as condições necessárias para uma educação de qualidade. Tentando reparar as injustiças dos que foram durante décadas historicamente excluídos, colocando-os no centro do processo educacional e humanístico, como interlocutores cidadãos de sua própria cultura, criadores e consumidores de arte, educação e tecnologias midiáticas...enfim da Cultura em geral. Há a necessidade de  potencializar a relação entre os processos em desenvolvimento e aqueles já adquiridos, bem como minimizar a distancia entre o que o indivíduo pode fazer de forma independente e com o apoio de outros, para isso estou buscando ferramentas que me auxiliem a mediar essas aprendizagens. Acabei de realizar um ótimo curso: UFRGS -FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ACESSÍVEIS aonde aprendi como utilizar diversos recursos midiáticos, tive acesso a diversos programas gratuitos e de excelente qualidade, que devem ser explorados por todos aqueles que trabalham com educaçaõ inclusiva e exigem qualidade.Tentei anexar alguns destes programas porém não consegui, mas deixo aqui alguns links:

http://teleduc.proinesp.ufrgs.br/cursos/diretorio/apoio_253_9//links_tecnologias_assistivas.htm?1312406421

http://teleduc.proinesp.ufrgs.br/cursos/diretorio/apoio_253_9//tutorial_audacity.html?1312406522

http://super.abril.com.br/tecnologia/mundo-google-444546.shtml



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