
Caro(A) Professor(A)
Em virtude do grande número de solicitações para questões pertinentes ao
Planejamento do Professor o Instituto Arte na Escola durante este mês
animará um Fórum para você com experiências, conhecimentos e conteúdos sobre
o assunto.
Qual destas questões mais o mobiliza?
Arte se Planeja?
Como Planejar minha aula de Artes?
O que deve conter em meu Planejamento de Artes?
Para começar nossa conversa...leia o Texto anexo - Arte se Planeja ?
Artigo da Professora Isabel Marques e Fábio Brazil publicado em 16.02.06 na
Revista Carta Maior – Matéria da Editoria: Arte & Cultura.
Estou te esperando...
Abraço,
Mirca Bonano
olá!
Sou Edneide Torres e dou aulas de 1.ª a 4.ª séries em Petrolina, interior de Pernambuco, em uma escola particular.
Trabalho com projetos mas tenho dificuldade em concluí-los. Quando se fala em artes, existe uma cobrança muito grande em ter um produto final que encha os olhos dos pais e é nesse ponto que me atrapalho. Não vejo a necessidade da super produção e valorizo muito as colocações dos alunos no processo dos trabalhos, mas, sinto falta de alguma coisa que não consigo identificar no encerramento. Quando parar o projeto? quando saber que ele está concluído? Trabalhar com artes é muito amplo e eu sempre vou pegando os ganchos que as turmas sugerem, então, vira uma grande bola de neve e eu não consigo determinar um fim.
Cara Maria Edneide
Olá!
Boa Noite...seja bem vinda ao nosso Fórum, ainda utilizando como referência o texto da Professora Isabel Marques ...
(...)Partindo de uma leitura - em alguns casos, equivocada - desses discursos, o senso-comum passou a entender a arte como um reino de liberdade ilimitada regido pelas intempéries da inspiração, da intuição, da sensibilidade especial, do momento em que acontece. Ou seja, arte e seu ensino não se planejam, devem ser sentidos, percebidos e desenvolvidos somente a partir da sensação do momento, do contato com o mundo ou do encontro com os alunos – em duas palavras: sensibilidade e inspiração. Não negamos que isso não seja importante, mas será suficiente para uma produção e um ensino de Arte críticos, consistentes, comprometidos com a realidade atual?(...)
(*) Isabel Marques e Fábio Brazil, professores e artistas, dirigem o CALEIDOS ARTE E ENSINO em São Paulo, capital, ministrando cursos e prestando assessoria a secretarias de educação, escolas públicas e privadas nas áreas de dança e poesia.
Fonte: http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=10020
Matéria da Editoria:
Arte & Cultura
22/08/2006
Gente, apesar de ter dificuldade em concluir os projetos não quer dizer que eu não os planeje. Acredito no planejamento e mais, vejo ele como argumento para justificar a visão de arte como conhecimento e não como mera recreação. A verdade é que a visão distorcida que se tem de arte cria situações onde, apesar da gente lutar contra as velhas padronizações e comemorações de datas específicas do calendário escolar, nos empurra para o "produto artístico".
Desde que saí da universidade (UFPE) tenho feito também anotações e reformulado minhas ações na sala de aula. Acredito que estou perto de um procedimento que eu acredito contemplar os aspectos pertinentes ao ensino da arte (ler, contextualizar, executar e por tabela, formar criticidade, flexibilidade, respeito e criatividade). A questão é que de repente me deu a sensação que estou nadando contra a maré. Que num grupo de 33 professores apenas eu e mais umas duas pessoas conseguem alcansar essa perspectiva de arte como conhecimento. Os demais ainda esperam que eu continue decorando, organizando festas, ou assumeindo qualquer atividade que seja dada de forma lúdica e que saia da sala de aula mesmo que isto diga respeito a matemática ou ciências. Preservo a minha aula de artes, que para o corpo pedagógico da escola é espaço inovador e sagrado. Artes aqui é tida como conhecimento sim, e é planejada. Mas me sinto cansada em estar travando "lutas" a ponto de me pegar questionado o que estou fazendo aqui, de estar querendo ver resultados palpáveis com relação às crianças apesar de acreditar que este resultado só aparecerá lá na frente, porque estou formando estas crianças e isto é processo, não vai aparecer de uma hora para outra mas em pequenas atitudes que vão se somando.
A Saber (escola onde trabalho) acredita muito na arte e tem me dado espaço para conduzir os projetos de forma que a arte seja o centro das ações e que isto se ramifique para as outras áreas. Mas como fazer isto se resto do corpo docente ainda vê a arte como recreação?
Boa tarde!
Sou pofessora de Arte em uma escola pública e em uma escola particular. Trabalho com projetos, Ensino Médio, mas a maior a dificuldade que tenho é o interesse por parte dos alunos. Aqui pelo menos, o que sinto é que a Arte não é trabalhada como deveria no Ensino Fundamental, quando os alunos chegam no Médio eles não valorizam a disciplina e quando começam a tomar gosto acabou o ano letivo e no ano seguinte eles não tem Arte.
Mirca,
O desabafo da Edneide é muito pertinente! E o que isso tem haver com planejamento de aulas? TUDO! É muito difícil para nós, planejar aulas, discutir etapas de projetos com os alunos, tratar a arte como área de conhecimento, enquanto a escola inteira espera "produtos artísticos" e ainda nos quer organizando eventos em datas comemorativas: dia das mães, desfile de emancipação política da cidade, quadrilha de São João, desfile de garoto e garota de jogos estudantis...!
Voltarei a falar sobre o tema deste fórum (PLANEJE SUA AULA) mas gostaria de saber se não há um documento, uma carta...que pudesse chegar às escolas sobre o ENSINO DA ARTE COMO ÁREA DE CONHECMENTO e O PAPEL DO ARTE-EDUCADOR, que não pode ser tratado como organizador de eventos, animador,etc???
Infelizmente, esse ainda é o nosso desafio diário e é por isso que a Edneide se pergunta "o que estou fazendo aqui?"
Não é nem simples e nem fácil de realizar, mas como nas respostas que li, criou-se uma visão de infinita liberdade nas aulas de arte que torna-se até difícil mudar esta visão dos alunos; das instituições e pais então, nem se fala... Mas ao planejar, devemos levar em conta o que QUEREMOS de nosso aluno, é a obra linda e acabada que os pais querem? Ou será o desenvolvimento de habilidades, técnicas e visão de mundo para a formação de um cidadão consciente, crítico e bem resolvido? Além, é claro de manipulador e grande conhecedor do código imagético de nossa sociedade? Tudo depende do foco, trabalho na rede municipal com alunos do Fundamental I, não é nada fácil, principalmente com as cobranças dos projetos que a SME nos cobra, mas, com calma e planejamento bem definido, conciliando o que EU quero e o que a SME quer, vou trabalhando e alcançando bons trabalhos, e, de vez em quando, até "encho os olhos dos pais". Beijos...
Sou professora de artes em uma escola especial, e passo também por estas dificuldades que vocês também passam, sofro por não poder às vezes concluir um projeto de dança por exemplo devido as dadatas comemorativas e aquele mundo de enfeites que todos pessam que nós professores de artes somos obrigados à fazer.
Se alguém tiver algo que fale qual é o verdadeiro papel do professor de artes me mande por favor.
me e amail : lidiana-ipuiuna@hotmail.com
Sou professora da rede estadual, e este mês desenvolvemos em minha escola a semana do Folclore, trabalhei com os alunos do EM a Festa de Parintins e lancei a eles o projeto de construção dos 2 bois, fiquei maravilhada, pois nossos alunos são muito criativos, não ajudei na confcção dos bois e com duas carteiras quebradas, papelão, tinta, cola, jornal e tnt eles cumpriram a tarefa, e ficou muito bom, sem contar com o envolvimento nas pesquisas que tiveram que ser feitas. É por essa e outros razões que me orgulho de ser prof[ª
Olá, sou professor de ensino fundamental na prefeitura de SP, achei bem oportuno o texto, embora eu imaginasse que nem precisasse se indagar se arte se planeja, por me parecer óbvio, pois em todo fazer artístico isso acontece, em algum momento.
Na prática, em minha vida docente, já houveram situações onde eu tive que em sala de aula improvisar, usar o "plano B" entre outras coisas, pois embora eu acredite no êxito de um planejamento bem elaborado, acho que se deve considerar a flexibilidade, pois na sala de aula ou em oficinas, ONGs etc, nós estamos interagindo com um público, não é um caminho de uma só via. E a minha condiçao de arte-educador com múltipla jornada, acho que o "rigor" a que a autora se refere muitas vezes é sacrificado em detrimento ao contexto socio-ambiental em que vivemos. Apesar disto mesmo, estes mesmos obstáculos, podem ser um "gancho", um alicerce para direcionar um planejamento cujo processo e resultado estejam mesmo voltados para a realidade do meio, e acho mesmo que a aula de arte é o momento de estimular um olhar além do senso comum.
Não vejo contudo, que exista aulas de arte sem aqueles "insights" frutos de uma motivação interior para lidar com esses novos e desafiadores horizontes que a todo momento surgem no sistema do ensino público do Brasil.
Abraços
olá,
acredito que como toda área de conhecimento as aulas de artes devem ser planejadas, sim. O que acontece é que todo esse processo histórico pelo qual a arte-educação no Brasil passou acabou descaracterizando as aulas de artes; perdeu-se a identidade das mesmas e o próprio professor ainda não consegui resgatar os devidos valôres de nossa disciplina....há a necessidade da persistência e de toda uma troca de experiências e opiniões e principalmente espaços como esse onde se possa discutir temas tão importantes como o próprio curríulo de artes.
abraços
marcia
Eu acredito que nós precisamos determinar alguns tópicos, como a questão dos objetivos, além de delimitar o tempo da aula com uma finalização lógica. Porém, não podemos nos ater às regras de maneira estreita, porque no ensino da arte o elemento surpresa é importante. A análise que o professor pode fazer diante da experiência com a turma, quando ele observa o feed-back que essa turma pode lhe dar, pode trazer como resultado uma boa surpresa. Enfim, o que eu quero dizer é que a rigidez do planejamento não funciona tão bem no ensino da arte quanto na matemática...e acredito que não diz respeito apenas à questões metodológicas não. Acredito que até mesmo o conteúdo pode ser alterado de acordo com alguns fatores que só surgem com a experiência em sí. Mas não é via de regra. O arte educador deve saber quando pode ser assim, ou quando deve lançar mão de planejar o ano letivo no começo do ano, com tudo que tem direito. (Detalhe, tenho 14 anos de ensino da arte e só durante um ano aconteceu assim comigo, e assim mesmo porque naquele ano eu tinha decidido apenas dar aulas de história da arte na sala de aula do primeiro ano médio).
Olá sou professora da cidade satélite de Brasília ( Ceilândia) , do ensino fundamental, sempre tive plena convicção de que arte se planeja. E sempre planejei as minhas aulas de arte, sempre levando em conta as diversas habilidades que desejo alcançar e durante os meus 14 anos de carreira pude perceber o quanto a arte auxilia no processo de aprendizagem nos diversos campos do conhecimento.
Um abraço
Francisca Maria Soares de Oliveira
Brasília DF
oi sou Ackson Dantas de Fortaleza.
as vezes me pergunto sobre a necessidade de planejar aulas de arte e encontro geralmente a mesma resposta: sim é preciso planejá-las como muitas coisas na vida e na educação. Porém quando fixamos alguns objetivos a serem alcançados no planejamento, corremos o risco de querer a qualquer custa chegar a tais. se não chegamos cai sobre nossas costas a idéia de "fracasso", e se chegamos achamos estar cumprindo com nosso papel.
Esse chegar aos objetivos a qualquer custo, é mais prejudicial que não conseguir pois podemos passar despercebidos por ponto.fundamentais, atropelando assim o processo de ensino/aprendizagem.
Desta forma não alcançando os objetivos que o ensino de arte deve conter.
Eu tenho percebido essa necessidade de planejar as aulas de arte, atualmente, pois o programa da Prefeitura "Ler e escrever - para todas as áreas" tem exigido um conhecimento e prática em leitura e escrita, também em artes. E como a minha experiência nesta área é pequena, tenho procurado planejar as aulas no laboratório de informática, unindo a leitura , escrita e a arte. Tânia
Olá !
O meu nome é Aurea Uchoa,moro em Boa Vista/RR.
Sou professora de Artes ha mais de quinze anos,com experiencia do ensino infanti ao EJA..Sempre planejei as minhas aulas mas confesso que até hoje fico em duvida sobre o que realmente trabalhar.Tento planejar com outros professores para poder fazer um paralelo ou mesmo interdisciplinar com o conteúdo.Na escola particular é possivel até planejar com esse objetivo mas na escola estadual a dificuldade é planejar com os colegas, que ainda tem uma visao da arte como educação artistica(decoração,lembrancinhas,etc.).
Bom,se alguem quiser trocar figurinhas o meu email é acuchoa@uol.com.br
Bjs Áurea
9933 visualizações | 55 respostas Faça login para responder
Tópicos encerrados
-
XVII Prêmio Arte na Escola Cidadã
-
Base Nacional Comum Curricular
-
XVI Prêmio Arte na Escola Cidadã
-
XV Prêmio Arte na Escola Cidadã
-
Qual a sua opinião sobre a inclusão de artes visuais, a dança, a música e o teatro no currículo da educação básica?
-
Games são arte?
-
XIV Prêmio Arte na Escola Cidadã
-
Como e quem são os professores hoje que se beneficiam das TICS para seu processo de ensino e aprendizagens dentro do processo de formação continuada?
-
XIII Prêmio Arte na Escola Cidadã
-
É adequado o ensino da arte contemporânea na Educação Infantil?