Bom dia, Colegas!
Muito bom poder fazer parte dessa discussão com vocês. Juntos somos mais! Certamente o conhecimento e a pluralidade de realidades que cada um encontra diariamente devem ser apresentados para que possamos pensar em algo que melhor se adeque a cada um de nossos contextos.
Sobre as quatro linguagens que devemos trabalhar eu penso que sim, todas são importantes. Fundamentais, eu diria, pois os talentos precisam ser percebidos, trabalhados e incentivados desde cedo. Com relação à formação específica em cada uma das linguagens, bem, aí precisamos ponderar, pois seria necessário (considerando o contexto atual) que o professor de arte tivesse formação em licenciatura e buscasse especialização em teatro, música e dança além, de dar conta de tudo em dois períodos que, sabemos bem, às vezes, ainda não são geminados, o que dificulta bastante o nosso trabalho.
Isso, ao meu ver, torna o caminho um tanto inviável e tortuoso. Mas também penso que devemos encarar a situação da seguinte maneira: se foram cedidos os dois períodos para a licenciatura em artes visuais, precisamos garantir nosso espaço. Quando vejo colegas licenciados da música falando sobre garantir a "obrigatoriedade da música" me parece muito mais uma vontade de excluir as visuais em detrimento da música, do que uma proposta conjunta de construção de conhecimento. E confesso que isso me assusta um pouco. Penso que seria uma forma de retrocesso construir algo em torno de uma linguagem, eliminando o que outra vem construindo de forma tão satisfatória há tantos anos.
Penso que a melhor forma seria, já que o documento fala da formação específica, que a carga horária de arte fosse aumentada, que a música fosse trabalhada em período específico dentro da grade, que o professor de educação física assumisse a parte da dança (visto que na sua formação trabalha mais essa linguagem do que a arte - pelo menos na minha formação foi assim), e que o teatro também ficasse a cargo de um professor com formação específica e com carga horária para tal.
Lembro a todos que quando fiz o Ensino Fundamental havia dois dias em que a aula acontecia o dia inteiro, ou seja, tínhamos cinco períodos pela manhã e mais quatro a tarde, sendo que íamos para casa almoçar e, após voltávamos para a escola. Fala-se muito sobre educação integral hoje em dia. Talvez a proposta ideal caminhe nesse sentido: aumentarmos a carga horária escolar e aí sim, contratarmos profissionais específicos de cada linguagem, sem prejuízo àquelas que estão caminhando e realizando bem as suas atividades.
Essa seria a minha contribuição. O que vocês acham?
Abraços a todos
Juliana C. Feyh