A seleção lançou luz para 11 cidades brasileiras, enquanto lugar de nascimento desses corpos, nos fazendo perceber a potência artística na diversidade que nos constrói enquanto país. A escolha dos nomes partiu da necessidade de observar perfis de diferentes estéticas em dança, com ampla atuação no cenário local, nacional e internacional. Esse recorte observa o impacto da produção desses artistas e das respectivas obras não somente para a dança, mas, em especial para o fortalecimento da área enquanto produção de conhecimento, proteção de patrimônios e problematização de questões políticas da contemporaneidade. Compõe esse levantamento um conjunto de artistas que no campo da dança transitam por inúmeras funções, dentre elas: interpretação, coreografia, direção artística, pesquisa, gestão cultural, produção cultural e docência. Esse perfil é comum a boa parte das pessoas listadas, esse caráter multiartista, transversal e adaptável, tanto expõe a fragilidade de estruturação do campo ao não oferecer condições necessárias para o exercício de uma função específica, quanto enaltece a potência, talento e capacidade produtiva desses sujeitos. Foi observado a eminente necessidade de processos de registro e memória de artistas da dança, uma vez que muitas das obras não estão disponíveis em plataformas digitais ou redes sociais, dificultando o acesso do público. Foram acessados acervos pessoais dos artistas (disponibilizados em websites e redes sociais), bem como plataformas especializadas no campo da arte/cultura, entrevistas, revistas digitais, artigos jornalísticos, artigos acadêmicos, dissertações de mestrado, plataforma lattes e enciclopédias virtuais. A trajetória pessoal e artística desses sujeitos configuram como uma relevante contribuição na formulação de conteúdos que possam subsidiar processos de ensino-aprendizagem, através de práticas pedagógicas com foco na mediação cultural.